terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Rádio Manchete afiliada à Itatiaia? Dirigentes se reúnem

Estaria a Rádio Manchete próxima de se tornar uma afiliada à Rede Itatiaia, sediada em Belo Horizonte? Dirigentes das duas emissoras estiveram reunidos, nesta terça-feira (27/02), no Rio de Janeiro.

Felipe Martins, supervisor de rede e afiliadas da Itasat, que é a rede de afiliadas da Itatiaia, se encontrou com as irmãs Daniela e Carla Kapeller, proprietárias da Manchete. Elas são filhas de Pedro Jack Kapeller (1938-2022), herdeiro do conglomerado midiático construído por seu tio, Adolpho Bloch. Também participou do encontro Evandro Tiziano, que foi engenheiro de telecomunicações da TV Manchete.

O próprio Martins postou, na plataforma "Stories" do Instagram, uma foto da reunião, realizada em um restaurante na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e marcou o perfil da emissora. Surpreendentemente, a página oficial da Rádio Manchete republicou a postagem, que trazia a legenda "vamos juntos construir uma parceira sólida e de muito sucesso". Veja a seguir:


Entretanto, até o momento, não ocorreu nenhum anúncio oficial sobre os planos futuros da emissora carioca.

A Rádio Manchete esteve arrendada, até 2020, ao grupo Ibéria Universal, que distribuía, basicamente, conteúdos lusófonos sobre a China. Desde então, até 2023, a emissora seguiu transmitindo, em sua frequência 760 AM, programação musical contínua (popularmente conhecido como vitrolão).

Em meados daquele ano, em uma parceria entre as irmãs Kapeller e o empresário e radialista Raphael de França, a Manchete voltou a ter programação regular, com comunicadores consagrados como William Travassos, David Rangel e João Guilherme. Contudo, a parceria foi desfeita em dezembro do mesmo ano e o "vitrolão" retornou.

Nesse interim, a Manchete tinha a expectativa de iniciar sua operação na faixa estendida do FM, através da frequência 76,9. Tal novidade chegou a ser anunciada durante a gestão de França, mas não chegou a se concretizar. As irmãs Kapeller afirmaram, nas redes sociais, que, mesmo após o fim da parceria, o projeto da migração segue em andamento.

Fato curioso é que, antes do encerramento da parceria, William Travassos deixou a Manchete justamente para ingressar na Itatiaia. Caso a afiliação seja concretizada, é possível que ele retorne à emissora da família Bloch/Kapeller menos de um ano após sua saída.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Luiz Santoro lança livro 'Manchete - 40 anos de Histórias Vivas'

O jornalista e escritor Luiz Santoro - Foto: Almir Marcos/Planeta Azul

Por Vítor d'Avila

Após um longo hiato, o blog Memórias da Manchete e Grupo Bloch está de volta. No último dia 5, nossa reportagem acompanhou o lançamento do livro "Manchete - 40 anos de Histórias Vivas", do jornalista Luiz Santoro.

O evento aconteceu no restaurante Garota da Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Santoro teve passagem marcante pela emissora dos Bloch, chegando a ancorar o Jornal da Manchete, mais importante noticiário da casa. Esta é sua segunda obra sobre a emissora.

Em 2021, o escritor lançou "Minha Vida na Rede Manchete e Algumas Histórias da TV e do Rádio". Ambos os livros trazem, em suas páginas, histórias inéditas e "causos" divertidos que aconteceram nos corredores do Edifício Manchete, no bairro da Glória, capital fluminense.

Ao blog Memórias da Manchete e Grupo Bloch, Santoro opinou por que a emissora ainda segue viva no imaginário popular, mesmo passados quase 25 anos de seu fechamento.

"A Manchete foi uma inovação em termos de TV no Brasil e cativou as pessoas por ter sido diferente de todas as emissoras que existiam na época. O mais interessante é que várias pessoas que nasceram depois da Manchete são apaixonados por ela."

O jornalista usou como exemplo os eventos de lançamento de seus livros sobre a Manchete, que foram sucesso de público.

"Neste lançamento veio muita gente, no anterior também foram muitas pessoas. A Manchete era uma TV verdadeira, a TV do ano 2000, e olha que nem lá chegou. Acabou em 1999 (risos)."

Luiz Santoro e Vítor d'Avila - Foto: Almir Marcos/Planeta Azul

Luiz Santoro recordou do trabalho feito pelo Departamento de Jornalismo do canal dos Bloch. Para ele, o grande diferencial em relação à concorrência era o espaço dado ao entrevistado.

"As entrevistas tinham princípio, meio e fim. Na Manchete, o entrevistado falava, diferente de outras emissoras, que cortavam. A gente ouvia os dois lados. Jornalismo verdade."

Questionado se o legado da Manchete permanece vivo na TV brasileira, Santoro demonstrou decepção. De acordo com o jornalista, perdeu-se o ímpeto em colocar "coisas bonitas no ar".

"O que a gente fez foi perdido. A gente fazia uma TV de qualidade, com cultura, com arte. Completamente diferente de hoje, em que são mostradas coisas que não são muito legais. Naquela epoca, tinha uma coisa bonita no ar."

O livro "Manchete - 40 anos de Histórias Vivas" está à venda no site da editora Planeta Azul, por R$ 59,00. Quem quiser adquri-lo, basta clicar neste link.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

MANCHETECAST: Luiz Santoro lança 'Minha Vida na Manchete'

Rennan Rebello entrevistou Luiz Santoro - Foto: Arquivo

Por Rennan Rebello

Na última semana, o jornalista Luiz Santoro lançou o livro "Minha Vida na Rede Manchete e Algumas Histórias da TV e do Rádio", contando algumas de suas histórias na emissora dos Bloch. O blog Memórias da Manchete e Grupo Bloch marcou presença e fez uma entrevista muito especial com o autor, para o Manchetecast. Confira!


domingo, 4 de abril de 2021

Luto! Filho de Eloy Decarlo morre por covid-19 em Teresópolis

Eloy Decarlo Jr tinha 41 anos (Arquivo Pessoal)

Por Vitor d'Avila

Morreu, vitimado pela covid-19, Eloy Decarlo Júnior, advogado e filho do radialista Eloy Decarlo, 'eterna' voz padrão da Rede Manchete. Ele estava internado e não resistiu à doença, neste domingo (4), em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

O advogado era filho de Eloy Decarlo que fez história na
 TV brasileira como a voz padrão da Rede Manchete (Arquivo Pessoal)

Decarlo Júnior tinha 41 anos e também atuava como empresário e deixa Eloy Decarlo Junior e deixa sua esposa Carolina Abreu, e dois filhos.

Até o momento, não há confirmações sobre hora e local do sepultamento. Seu pai, Eloy Decarlo, ainda não se manifestou sobre a perda do filho.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Luto! Morre Leila Richers, ex-âncora do Jornal da Manchete

Por Rennan Rebello

A ex-apresentadora do Jornal da Manchete - Segunda Edição, Leila Richers, que lutava contra um câncer, faleceu nesta quinta-feira (10), aos 65 anos, no Rio. As informações foram divulgadas no perfil do Facebook da jornalista.

Leila foi um dos principais nomes do jornalismo da emissora de Adolpho Bloch. O blog Memórias da Manchete e Grupo Bloch se solidariza com seus familiares e amigos. 


Relembre momentos de Leila Richers no Jornal da Manchete

 

Sempre antenada na comunicação, Leila, que também teve passagens na CNT, na MultiRio e na TVE Brasil, tinha um programa de entrevistas em seu canal no Youtube.


Em seu canal no Youtube, Leila Richers, entrevistou Ronaldo Rosas, o seu 'eterno' companheiro de bancada do Jornal da Manchete

domingo, 8 de novembro de 2020

Jornal da Manchete: no ar do início ao fim da emissora

 

Programa foi o mais longevo da história do canal dos Bloch

Por Vítor d'Avila

    Hoje falaremos sobre o Jornal da Manchete, clássico noticioso que foi exibido ininterruptamente pela emissora dos Bloch, de sua estreia até a extinção. O informativo foi o programa mais longevo da Manchete, tendo estreado no dia de sua inauguração, permanecendo até seu último sábado no ar.


O informativo estreou junto com a Rede Manchete, em junho de 1983. Em seus 16 anos no ar, cobriu fatos que mudaram a história do país, como as Diretas Já, morte de Tancredo Neves, impeachment de Fernando Collor, morte de Ayrton Senna, o tetra da Seleção Brasileira e a criação do Real.


Além disso, icônicos apresentadores passaram por sua bancada: Ronaldo Rosas, Carlos Bianchini, Márcia Peltier, Marcos Hummel… entretanto, na opinião deste humilde jornalista, nenhum deles marcou tanto quanto o casal formado por Leila Cordeiro e o saudoso Eliakim Araújo, titulares entre 1989 e 1993.


Bastava a TV estar ligada e começar a tocar uma melodia inconfundível que se sabia que estava na hora do Jornal da Manchete. A trilha que acompanhou o programa durante toda sua existência foi “Videogame”, composta pela banda Roupa Nova exclusivamente para o informativo, e que até hoje é lembrada pelos mais saudosistas.


Programas estreavam, terminavam, mudavam de formato, mas o Jornal da Manchete sempre seguia lá, firme e forte. Nos tempos áureos da emissora, o informativo chegou a ter três edições diárias: à tarde, a clássica noturna, e uma terceira no final da noite, que batia de frente em audiência com o Jornal da Globo.


Com a venda da Manchete dos Bloch para o Grupo TeleTV, de Amílcare Dallevo e Marcelo de Carvalho, na madrugada de 10 de maio de 1999, uma segunda-feira, a emissora ainda permaneceria por mais uma semana utilizando o nome “Manchete”. Sendo assim, a despedida do JM aconteceu em 15 de maio de 1999, um sábado.



Embora haja registros na internet que afirmam que a extinção do programa aconteceu no dia 8, o canal Cinevisão, no YouTube possui imagens que confirmam que a última edição foi exibida no dia 15.


Augusto Xavier apresenta o último Jornal da Manchete (15/05/99)

(Reprodução/YouTube)


O projeto, denominado “Memória da TV”, é comandado pelo jornalista Eduardo Miranda, que apresentava um quadro com dicas de filmes no JM, na época da transição.



“O Jornal da Manchete, para mim, é um orgulho muito grande porque tive a oportunidade de sentar na bancada, fazer parte do jornalismo da Rede Manchete de Televisão. Cada Jornal da Manchete era uma revista eletrônica. Um jornalismo extremamente apurado, feito até o último momento com muito esmero”, afirma Miranda, em seu canal.


O comentarista de cinema Eduardo Miranda (Reprodução/YouTube)


O jornalista deu dicas de filmes que estavam em cartaz nos cinemas no último Jornal da Manchete que usou este nome. A partir de 17 de maio, o nome Rede Manchete desaparecera definitivamente para dar lugar à emissora de transição TV!, que, em novembro daquele ano, se transformaria na RedeTV! Que conhecemos atualmente.


Claudia Barthel no Primeira Edição (22/05/1999) - Reprodução/YouTube


Dessa forma, o Jornal da Manchete foi rebatizado como Primeira Edição, nome que permaneceu também até novembro. No primeiro sábado do novo noticioso, 22 de maio, lá estava Eduardo Miranda com suas dicas de cinema. Todos os registros estão disponíveis no vídeo publicado pelo canal Cinevisão.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Carnaval da Manchete | O 1º carnaval na Sapucaí da Revista Manchete

Por Rennan Rebello*

Há 36 anos as escolas de samba do Rio de Janeiro deixaram de desfilar na Rua Marquês de Sapucaí e  a população deixou de conviver com o transtorno e os gastos excessivos e desnecessários na montagem e desmontagem de arquibancada móvel para começaram a desfilar no complexo do sambódromo da Marquês de Sapucaí, uma obra pública (que tornou-se referência no Brasil) que foi empreendida pelo governo estadual que tinha Leonel Brizola (1922-2004) como governador e o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997), como vice, que era um grande entusiasta por esse projeto, já que concebia a ideia de que este empreendimento projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer - como foi publicado na primeira matéria da série 'Carnaval da Manchete' neste blog - poderia servir como uma forma de mesclar cultura popular e edução pública de qualidade sediando uma escola em seu interior. Inclusive o nome da avenida onde as agremiações desfilam foi batizada como 'Passarela Professor Darcy Ribeiro'. 

O primeiro desfile, em 1984, não foi apenas marcante para a história do Rio, mas também ao extinto Grupo Bloch, já que a emissora do gráfico ucraniano Adolpho Bloch (1908-1995), a Rede Manchete (1983-1999) havia sido inaugurada no ano anterior e fazia - de forma exclusiva - a primeira transmissão televisiva diretamente da Sapucaí. Este fato, fez todos os profissionais da Manchete a caírem no gosto popular. Tanto que durante anos teve um 'bloco' carnavalesco organizado por funcionários da empresa que desfilavam na avenida, com uniforme e crachá, após a última escola de samba passar.  

Além da TV, a Revista Manchete (1952-2000), que era publicada pela Bloch Editores, fez uma cobertura especial do carnaval carioca na edição número 1665, no dia 17 de março de 1984, que dispensou muitos profissionais para trabalhar na longa cobertura do primeiro desfile da Sapucaí. Tanto que a chamada de capa teve a seguinte chamada na manchete: 'Samba 84 - O carnaval da Apoteose'.

O corpo editorial do revista semanal também não deixou de produzir também um apanhado geral dos bailes que ocorriam na 'cidade maravilhosa'.

Para ler este exemplar na íntegra, a reportagem do Memórias da Manchete e Grupo Bloch, disponibiliza abaixo um link que direcionará o leitor a hemeroteca digital mantida pela Biblioteca Nacional (BN).

Através desta plataforma  virtual, os leitores podem (re)ler notícias do carnaval daquela época além de outros fascículos da Bloch Editores: as revistas Manchete Esportiva e Manchete Rural, que também estão disponíveis no acervo da BN para consulta gratuita.



Expediente da Revista Manchete especial sobre o carnaval do Rio de 1984

Aconteceu,  virou Manchete - Para quem sente saudades do carnaval do Rio exibido pela TV Manchete (produzido pelo Estúdio News, departamento da emissora especializado em transmissões ao vivo, de cunho jornalístico).  Segue abaixo, o compacto dos desfiles de 1984.




Peça publicitária da época: Fita VHS da cobertura da Manchete no Carnaval de 1984
*Repórter com três coberturas na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro (2017, 2018 e 2019), tendo trabalhado correspondente do jornal O São Gonçalo (OSG), como freelancer para a Agência de Notícias das Favelas (ANF) e na produção do programa "Orel e Reshka" da televisão ucraniana Inter (vídeo abaixo) no desfile das campeãs pela Viradouro (então, a vice-campeã de 2019); sendo também um dos autores da série de reportagens especiais pelo OSG,  em 2017, referente aos 20 anos da Viradouro. Na época, esta série recebeu ´Moção de Aplausos' cedido pela Câmara Municipal de Niterói (o segundo vídeo abaixo é o trailer promocional desta série de reportagens). Além disso, cobriu o carnaval de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em 2015, ano do último desfile das escolas de samba gonçalenses, produção foi realizado pelo coletivo audiovisual Somos Moinhos de Vento, do qual é um dos fundadores (a playlist abaixo é referente a esta cobertura). 

Em 2020, foi o autor da série Carnaval da Manchete a este blog, Memórias da Manchete e Grupo Bloch, onde buscou registrar o passado de coberturas da Manchete (TV e revista) no carnaval carioca mesclando com curiosidades e atualidades referente aos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.



Rádio Manchete afiliada à Itatiaia? Dirigentes se reúnem

E staria a Rádio Manchete próxima de se tornar uma afiliada à Rede Itatiaia, sediada em Belo Horizonte? Dirigentes das duas emissoras estiv...